Proteção de Quelônios

A Associação dos Artesãos do Rio Jauaperi (AARJ), sob gestão e liderança do Francisco Parede de Lima, mantém um plano ambiental de conservação de quelônios, como são chamados os diferentes tipos de “tartarugas” da Amazônia. Consequência da caça ilegal e da fragilidade no monitoramento e vigilância nas Unidades de Conservação (UCs) da região, os quelônios de água doce consistem em 16 espécies, das quais 4 (iaçá, irapuca, tracajá e tartaruga-da-Amazônia), colocam ovos nas praias e por isso são as mais vulneráveis. Por serem espécies ameaçadas de extinção e dependentes de programas de conservação, a iniciativa de projetos como esse são essenciais para o ecossistema da região.

A Expedição Katerre Ecoturismo e o Mirante do Gavião Amazon Lodge são mantenedores do projeto e, através das navegações, oportunizam que viajantes participem dos processos de coleta de ovos e soltura dos animais, ampliando o conhecimento do território e o repertório de vivências. A soltura dos quelônios é acompanhada pelo ICMBio (órgão responsável pela fiscalização das unidades de conservação). São soltos cerca de 3 mil filhotes todos os anos, cujos dados são apresentados ao IBAMA e consolidados pelo Plano de Quelônios da Amazônia (PQA), que concentra os registros de toda a Amazônia.

Iniciado em 2003, com Paul Clark e vizinhos, a iniciativa cresceu e gradativamente ganhou adeptos na região. Atualmente, são 7 as praias protegidas, sendo uma no Gaspar, duas em Itaquera, uma na Samaúma, uma no Xixuaú e uma em Marral, cada qual gerida pela própria comunidade.